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quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Notícia de livreiros e impressores de Lisbôa

A mais recente obra da colecção em língua portuguesa no sítio do Projecto Gutenberg (PG) é um livro que nos elucida relativamente à vida e obra de livreiros e impressores, sediados em Lisboa.

A precisão é uma característica do autor, que nos apresenta um livro repleto de notas de rodapé interessantes das quais destacamos esta:

«Já deixámos explicado como o vocabulo «congro» traduz, neste caso, um acentuado barbarismo. Ao vulgo, é mais que certo, escapou naturalmente o termo letrado «combro», de que poucos estariam, neste tempo; como ainda agora, no caso de alcançar o significado. A ignorancia dos letreireiros que, ao alvorejar o seculo transcurso, foram encarregados pela Administração Geral dos Correios de appôr os disticos nas vias públicas da nossa capital, foi origem a muitos desconcertos desta ordem. Assim, o Pateo do «Porcili», appelido italiano, foi convertido em Pateo do «Pocildes», o beco dos «Beguinos» ficou-se chamando beco dos «Biguinhos»; outro beco, o da «Calheta», transformou-se em beco da «Galheta», a Praça dos
«Remolares» foi muito tempo conhecida por Praça dos «Romulares», &. Infelizmente, não occorreu verificar se a graphia dos _artistas_ saíra triumphante da prova, e por isso, ainda agora se andam remediando estas aberrações ortographicas municipaes.»


24ª nota de rodapé da obra Noticia de livreiros e impressores de Lisbôa na 2ª metade do seculo XVI de José Joaquim Gomes de Brito, disponível para leitura no sítio do Projecto Gutenberg. Esta obra foi revista por 23 voluntários do Projecto Distributed Proofreaders.

Boas leituras.

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