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quinta-feira, março 30, 2006

Quota de páginas/livros

O número de páginas/livros disponível no Projecto Distributed Proofreaders está sujeito a uma quota atribuída a cada língua. Têm surgido várias questões relacionadas a esta quota. Passo a responder às mais frequentes:

1. O que é a quota e como é atribuída?

A quota é um valor (que pode ser variável) pelo qual se regem as obras disponíveis no projecto, que pode ser de páginas e/ou de livros. Ou seja, um limite definido para o número de páginas/obras existente no projecto, por questões de espaço de armazenamento e de funcionalidade.

A quota é atribuída consoante o peso que determinada língua tem em todo o projecto, ou seja, conforme o interesse (leia-se a rapidez com que a obra é revista) manifestado por essa língua. A que detém a maior quota é, obviamente, a inglesa.

2. Os livros portugueses têm sido despachados com rapidez. Não podemos aumentar a quota portuguesa?

Esta questão dividimo-la em duas respostas.

  • A rapidez é relativa. Há línguas em que os livros desaparecem num dia. Temos tido progressos, é verdade, mas (ainda) não chegámos a esse nível de rapidez.
  • Quanto a aumentar a quota. Nós podemos aumentar a quota. Aparentemente aumentar o número de obras seria favorável (ex: aumento de diversidade), o que não é inteiramente verdade.
3. Se podemos aumentar a quota, porque não o fazemos?

Aumentar a quota tem várias implicações:

  • Não sei se têm consciência, mas para livros em inglês a lista de espera de obras é de 1500 (sim, 1500 obras!!!). Um exemplo prático: 5 Sonnets de Fernando Pessoa que continua a aguardar entrada na ronda P2... exactamente pelo facto da língua inglesa ter uma quota bastante superior à nossa (deverá permanecer à espera durante meses);
  • Aumentar o número obras não significa mais obras concluídas, pelo contrário, há mais obras em processamento e menos acabadas, exactamente porque há uma dispersão da atenção por várias obras. Assim, aumentar o número de obras em processamento é mais um problema, do que uma solução propriamente dita;
4. Afinal, como funciona a quota?

A quota diz respeito a todas as rondas. Ou seja, se hipoteticamente se colocarem 10 obras na P1, dificilmente poderão existir obras nas outras rondas, comprometendo o workflow. É, por isso, preferível manter um valor baixo do número de livros disponíveis em cada ronda, para que o projecto não fique "entupido".

Clarificando um pouco mais. Todos os voluntários têm acesso à P1. O mesmo não sucede com a P2. Se a quota for maior, mais probabilidade existe de vários livros serem colocados na P2. Se a maioria dos voluntários não tem acesso a esta ronda, significa que vários livros ficariam a roubar lugar a outros nas outras rondas onde existem voluntários. A questão ainda se complica mais quando, para ter acesso à P2, são necessários requisitos que assim se tornam improváveis (400 páginas de P1 e 50 de F1, não mencionando agora os testes e os pedidos).

Actualmente a gestão de obras já tem de ser manual (quando deveria ser automática), de forma a impedir a entrada desmesurada de obras na P2, à qual só têm acesso 6 dos 107 voluntários.

Espero ter respondido a todas as questões colocadas sobre esta matéria.

Boas revisões.

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